Hoje decidi voltar às origens, quando jamais havia publicado um texto online e o único editor de textos que eu conhecia era o Microsoft Word.
Antes de usar negrito nas frases mais chamativas, dos hiperlinks, dos subtítulos e antes de escrever artigos com dicas que eu mesmo gostaria de ter conhecido alguns anos atrás. Hoje, escolhi inverter esse cenário.
Em vez de posar como entendido de um assunto e listar dicas, quero trazer um recado bem simples.
Sejamos amadores de novo.
De alguma forma, o termo “amador” ganhou um significado de alguém que não leva seu próprio trabalho a sério, alguém que não é profissional. Mas voltemos para quando você estava começando, seu trabalho ou um hobby, desde que seja algo que você amava fazer.
Você se lembra quando trabalhava nisso a ponto de não conseguir parar?
Pouco importava a repercussão que teria. Sua atividade não era um meio, era o fim.
Após algum tempo, esses momentos de inspirações incessantes se tornam lampejos. Porque, com a preocupação com o marketing e sua marca pessoal, seu trabalho deixa de ser o fim. Torna-se apenas um meio.
Com o tempo, seu profissionalismo cresce, seu lado amador vai sumindo e a chama que te movia no começo se torna uma pequena faísca. A motivação continua existindo, mas o foco muda e, muitas vezes, pode ser difícil lembrar do último lampejo, do último momento que você fez algo simplesmente por fazer, sem se preocupar com a repercussão que traria.
Nessa fase atual, é justamente isso que precisamos resgatar.
Não importa quantos anos de experiência você tenha, não é momento de posar como especialista. Autopromoção exagerada é sempre chata, mas, agora, chega a ser repugnante.
A fase é tão delicada que a linha separando o oportunismo e a vontade de ajudar ficou tênue. Por exemplo, um cupom de desconto de 50% com o código FICAEMCASA é ajuda ou oportunismo?
Partir para qualquer resposta conclusiva seria mero achismo, mas o oportunista fica escancarado quando divulga seu produto como a solução para a crise atual.
É hora de entender que tem algo acontecendo no mundo muito maior que você e seus negócios. De abaixar o megafone, guardar o diploma do MBA na gaveta, jogar fora os panfletos e, se não podemos estender a mão fisicamente, que seja virtualmente.
— Como eu posso ajudar?
Resgate algo que você faz por paixão, ou comece um projeto inédito, e compartilhe isso com o mundo.
De notícias ruins, tristeza e solidão, as notícias e redes sociais já estão repletas.
Seja um alento.
Dê uma bela respirada para escapar de toda essa inundação, tome fôlego e, então ajude outras pessoas a fazerem o mesmo.
Sejamos amadores de novo.