O filme é bem incomum e foi criado pelos mesmos responsáveis de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo.
O livro é um clássico que me escapou por algum tempo e, depois de algum tempo sem ler ficção, me fez voltar a ler uma obra em tempo recorde e entrou pros meus favoritos.
Enquanto o podcast foi um dos meus mais escutados de 2022. Descobri por volta de setembro e, em novembro, já havia escutado todos os mais de 40 episódios disponíveis.
Se você me acompanha por aqui há mais tempo, talvez se lembre que fiz algo parecido no início de 2021 e também no começo de 2022.
Talvez seja a continuação de uma tradição, talvez seja falta de inspiração, talvez as tradições comecem por falta de inspiração.
Depois de conferir, me diz o que achou das indicações? E claro, se tiver uma recomendação, é só dizer nos comentários.
Um filme: Swiss Army Man
Há aproximadamente 10 anos, mantenho um top 5 de filmes de cabeça e não são necessariamente os melhores filmes tecnicamente que já vi, mas o que mais me impactaram e mais gostei no momento que os vi.
Depois de ver Swiss Army Man, os cinco filmes foram atualizados (sem uma ordem de preferência):
- Mr. Nobody
- Peixe Grande
- Clube da Luta
- Na Natureza Selvagem
Medo e Delírio em Las VegasSwiss Army Man
Com Paul Dano e Daniel Radcliffe como protagonistas, ele foi escrito e dirigido pelos Daniels, e ganhou um nome bem pior no Brasil: Um Cadáver para Sobreviver.
É um clássico caso de ame ou odeie e isso fica bem claro pelo processo criativo por trás do filme.
Os Daniels listaram várias coisas que não gostavam, como humor escatológico, musicais — especialmente, musicais à capella — e decidiram criar um filme que usasse tudo isso e tivesse seu selo de qualidade.
Para entregar o mínimo possível por aqui e preservar sua experiência, uma bela forma de resumir Swiss Army Man é: o primeiro peido vai te fazer rir, enquanto o último vai te fazer chorar.
Um livro: O Velho e o Mar, de Hemingway
“Eu sei que isso é o melhor que posso escrever na minha vida toda”.
Foi com esse bilhete que Ernest Hemingway entregou a versão original de “O velho e o mar” para seu editor, em 1952.
Um ano depois, a obra lhe rendeu o prêmio Pulitzer e, em 1954, foi fator decisivo para a premiação de Hemingway com o Nobel de Literatura.
Um clássico que, de alguma forma, me escapou por bastante tempo. Logo depois de ler, se tornou minha nova obsessão literária e entraria sem dificuldades para a lista dos meus cinco livros preferidos de ficção.
“O velho e o mar” é um livro que espanta pela simplicidade, além da narrativa direta bem característica de Hemingway. Ao final, você até pode se perguntar se era só isso.
Até você parar para digerir os acontecimentos.
Sobre ele, cheguei a escrever um artigo em junho de 2022. Para ler, é só clicar aqui.
Um podcast: Divã de CNPJ, com Facundo Guerra
Não sei você, mas eu simplesmente não consigo me identificar com o discurso clássico de empreendedorismo que idolatra nomes como o Elon Musk.
Sempre tive preguiça e, graças ao Facundo Guerra, entendi o motivo dessa preguiça e ainda descobri uma perspectiva do empreendedorismo que me identifico — e muito.
A grande maioria das pessoas que ele convida para seu podcast, Divã de CNPJ, são mulheres e as conversas são bem profundas.
As conversas variam entre os mais diversos nichos possíveis e falam sobre os negócios, as trajetórias e a vida pessoal de quem passa por lá.
É um dos poucos podcasts que escutei literalmente todos os episódios, com exceção do que saiu hoje e que ainda vou ouvir na academia logo menos.
Pra começar a conhecer o Divã de CNPJ, vale escolher algum desses 3 episódios que listei a seguir, mas também recomendo dar uma olhada na lista de todos os episódios. Tem grandes chances de alguém que você admira já ter passado por lá.
- Estratégias que vão muito além da Turma da Mônica, com Mauro Souza
- O poder da transformação da internet, com Bia Granja
- Dr. Cannabis – A ciência por trás do preconceito, com Viviane Sedola
Bônus: uma curiosidade que eu não poderia guardar pra mim
Quão longe você já foi para tentar provar que seu ponto de vista estava certo? Melhor, qual pessoa você conhece que foi mais longe para se provar certa?
E quantas vezes você já ouviu alguém comentando que o Jack também poderia ter se salvado em Titanic? Havia ou não havia espaço para ele na porta onde Rose subiu para se salvar?
Agora, imagina só quantas vezes James Cameron, diretor e roteirista do filme, escutou isso. Consigo imaginar perfeitamente: um fã se encontra com ele, elogia todo o seu trabalho e fecha com “mas você não precisava matar o Jack, hein?”.
Por isso, o diretor conduziu um experimento científico, com um especialista em hipotermia, para provar de uma vez por todas que somente uma pessoa poderia ter sobrevivido.
Talvez seja por isso, talvez seja por marketing.
Porque esse experimento vai render um pequeno especial, que deve sair em fevereiro e vai coincidir com o período em que uma versão de Titanic restaurada em 4K vai chegar aos cinemas.