Dimitri Vieira

Uma rebelião acústica

Por muito tempo, tive vontade de escrever um manifesto que resumisse bem minhas principais crenças, enquanto pensava também em um nome para batizar minha newsletter. Até que decidi escrever sobre algo mágico que acontece quando um músico decide pegar um violão e apostar em algo mais intimista.
Uma rebelião acústica

Algo mágico acontece quando um músico de um ritmo mais pesado decide pegar um violão e apostar num formato mais intimista.

As letras, que ficavam em segundo plano, atrás dos instrumentos pesados e dos gritos, tornam-se a atração principal e ganham os holofotes.

Cansei de ouvir bandas barulhentas anunciando que quebrariam o sistema de alguma forma, mas foi Johnny Cash, com seu violão, que calou a Casa Branca.

E se você é fã de Rock, Punk Rock, ou mesmo metal, certamente conhece algum artista que passou por essa trajetória.

Alguns exemplos que posso listar de cabeça são Corey Taylor, Brian Fallon, Frank Turner, Chuck Ragan e Dave Hause.

Este último é o principal culpado por me fazer escrever sobre isso hoje.

Seu disco Paddy tem uma música que, pela melodia, mais parece uma canção de ninar trabalhada no dedilhado.

Até você prestar atenção na letra e notar que poderia facilmente ser adaptada para gritos de uma multidão tomando as ruas para se manifestar.

Com direito à repetição extremamente calma de “fuck them all” no refrão — como quem diz “o que eu tenho para dizer importa e isso é o bastante, me recuso a gritar para chamar sua atenção”.

Essa é a mágica.

Especialmente num mundo que parece gritar por atenção e reconhecimento em cada canto que olhamos.

É trocar esses gritos por suspiros, importar-se mais com o que tem a dizer e menos com quem vai ouvir.

Uma rebelião acústica.


PS.: por muito tempo, tive vontade de escrever um manifesto que resumisse bem minhas principais crenças no universo da escrita e da produção de conteúdo, mas não queria escrever algo extremamente formal.

E também pensei bastante em opções de nomes para batizar minha newsletter.

Procurei conceitos relacionados à Escrita Criativa ou Storytelling — algo que soasse chique e me deixasse com cara de autoridade, mas sabe quando não fica natural?

Então, certo dia, comecei a escrever um texto para abrir a minha newsletter — ainda sem nome — e, quando terminei de escrever, não precisei procurar mais por um nome, nem me preocupar em escrever um manifesto.

Newsletter: uma rebelião acústica

Dimitri Vieira

Sou um escritor e produtor de conteúdo, especializado em Escrita Criativa, Storytelling e LinkedIn para Marcas Pessoais. Minhas maiores paixões sempre foram a música, o cinema e a literatura. Escrevendo textos na internet, consegui unir o melhor desses três universos, e o que era um hobby acabou me transformando em LinkedIn Top Voice e, hoje, se tornou minha profissão.

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